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Novembro Azul 2023 – Mês de prevenção ao câncer de próstata

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Novembro é um mês de conscientização e prevenção dedicado à saúde masculina, conhecido como “Novembro Azul”. Durante este período, organizações de saúde em todo o mundo se unem para disseminar informações sobre o câncer de próstata e promover a importância da prevenção e detecção precoce. Nesta matéria, exploraremos o que é o Novembro Azul, o câncer de próstata, dicas de prevenção e tratamento.

O que é o Novembro Azul?

O Novembro Azul é uma campanha internacional de conscientização sobre a saúde dos homens, com foco especial na prevenção do câncer de próstata. A campanha foi criada para sensibilizar a população masculina sobre os riscos e incentivar a realização de exames regulares para a detecção precoce da doença.

Câncer de Próstata: Uma Visão Geral

O câncer de próstata é um tipo de câncer que se desenvolve na próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. É o segundo tipo mais comum de câncer em homens, perdendo apenas para o câncer de pele não melanoma. Normalmente, o câncer de próstata se desenvolve lentamente e, se detectado em estágios iniciais, é tratável.

Fatores de Risco:

  • Idade: O risco de câncer de próstata aumenta com a idade, sendo mais comum em homens com mais de 50 anos.
  • Histórico Familiar: Ter parentes de primeiro grau com câncer de próstata aumenta o risco.
  • Raça: Homens afrodescendentes têm maior probabilidade de desenvolver a doença.
  • Alimentação e Estilo de Vida: Uma dieta rica em gorduras saturadas e falta de exercício físico podem contribuir para o risco.

Dicas de Prevenção:

A prevenção é fundamental para reduzir os riscos de desenvolver câncer de próstata. Aqui estão algumas dicas importantes:

  1. Exames Regulares: Homens a partir dos 50 anos (ou mais cedo, se tiverem fatores de risco) devem fazer exames de PSA (Antígeno Prostático Específico) e toque retal regularmente.
  2. Alimentação Saudável: Uma dieta rica em frutas, vegetais e alimentos com baixo teor de gordura pode ajudar a reduzir o risco.
  3. Exercício Físico: A atividade física regular está associada a um menor risco de câncer de próstata.
  4. Controle de Peso: Manter um peso saudável é importante, pois a obesidade pode aumentar o risco.

Tratamento:

O tratamento do câncer de próstata varia de acordo com o estágio da doença, a idade do paciente e outros fatores individuais. As opções de tratamento incluem:

  • Vigilância Ativa: Em casos de câncer de próstata de baixo risco, o médico pode optar por apenas monitorar a doença ao invés de tratá-la imediatamente.
  • Cirurgia: A prostatectomia (remoção da próstata) é uma opção de tratamento que pode ser recomendada em estágios iniciais.
  • Radioterapia: A radioterapia usa radiações para eliminar as células cancerosas.
  • Terapia Hormonal: Em alguns casos, a terapia hormonal é usada para reduzir os níveis de testosterona, o que pode retardar o crescimento do câncer.
  • Quimioterapia: Em estágios avançados, a quimioterapia pode ser recomendada.

Lembre-se, a detecção precoce é essencial para o tratamento eficaz do câncer de próstata. Se você está em grupo de risco ou tem mais de 50 anos, consulte um urologista para discutir a melhor estratégia de prevenção e monitoramento.

O Novembro Azul é uma oportunidade para conscientizar os homens sobre a importância de cuidar de sua saúde, especialmente no que diz respeito ao câncer de próstata. A prevenção, a detecção precoce e o tratamento adequado são cruciais para garantir uma vida saudável. Portanto, não hesite em agendar consultas médicas e conversar abertamente sobre sua saúde. Lembre-se, a saúde masculina é uma prioridade durante todo o ano, não apenas em novembro.

Julho Amarelo – Hepatites Virais

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo.

São enfermidades infecciosas que atacam o fígado e são classificadas como A, B, C, D e E, sendo as três primeiras as mais comuns no Brasil. Muitas vezes são infecções silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Conheça os tipos das Hepatites:

Tipo A: diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e se cura sozinha. Há vacina para este vírus.

Tipo B: é o segundo tipo com maior incidência; atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A vacina é a principal medida de prevenção.

Tipo C: é considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte, sendo a principal causa de transplantes de fígado. Não há vacina.

IMPORTANTE: A hepatite C não é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato casual, como abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada. Evite, sim, comportamento de risco.

Tipo D: ocorre em pacientes já infectados com a hepatite do tipo B e, portanto, a vacina contra o tipo B, protege também contra o D.

Tipo E: Transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que forem infectadas podem apresentar formas mais graves da doença. A melhor forma de preveni-la é por meio da melhoria das condições de saneamento básico e de higiene, tais como as medidas que previnem a hepatite do tipo A.

A adoção da cor amarela está ligada a um dos sintomas característicos da hepatite – pele e olhos amarelados. São enfermidades infecciosas que atacam o fígado. O sistema imunológico do indivíduo contaminado passa a atacar e a destruir os hepatócitos contendo o vírus, dando início a um processo de inflamação no órgão.

O impacto dessas infecções acarreta mais de 1,4 milhão de mortes anualmente no mundo, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirrose associada às hepatites. O teste rápido para diagnóstico das hepatites B e C pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), onde também é realizado o tratamento e acompanhamento.

Você pode ter e não saber! Faça o teste.

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Março – Mês de Combate a Obesidade

ANS lança Manual de Diretrizes para o Enfrentamento da Obesidade

A obesidade é uma doença crônica cujo avanço tem se dado de forma acelerada em todo o mundo nos últimos anos. No Brasil, a situação não é diferente. De acordo com dados da pesquisa Vigitel Brasil 2016 da Saúde Suplementar, mais de 50% da população adulta está acima do peso, na faixa de excesso de peso e obesidade. Com o intuito de analisar a questão sob o ponto de vista das possibilidades de ação no setor da saúde privada, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) elaborou o “Manual de Diretrizes para o Enfrentamento da Obesidade na Saúde Suplementar Brasileira”.

O estudo foi lançado no dia 14/12 durante o “Seminário de Enfrentamento da Obesidade e Excesso de Peso na Saúde Suplementar”, no Rio de Janeiro, para 100 representantes de entidades de saúde, operadoras e prestadores de serviços. É fruto do trabalho do Grupo Multidisciplinar para Enfrentamento da Obesidade, criado pela ANS com o objetivo de promover melhorias e incentivos na atenção à saúde relacionada à prevenção e ao combate da obesidade entre beneficiários de planos de saúde.

“A ANS entende a discussão do tema como urgente e necessária à sustentabilidade da saúde suplementar, uma vez que o excesso de peso e a obesidade constituem o segundo fator de risco mais importante para a carga global de doenças, e estão associados a várias doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, diabetes, cirrose, câncer de cólon, de reto e de mama, entre outras. O objetivo do Manual é compor uma orientação criteriosa, na qual as operadoras de planos de saúde possam se basear para a melhoria da qualidade de vida de seus beneficiários. Daqui em diante nós teremos uma série de encontros com as operadoras para que se possa definir em conjunto como será feita a adesão à proposta junto à rede de prestadores”, explica Karla Coelho, diretora de Normas e Habilitação dos Produtos da ANS.

No âmbito de suas competências, a ANS tem buscado, ao longo dos anos, estimular as operadoras a repensarem a organização das suas redes de atenção, no intuito de rediscutir as formas usuais de organização dos serviços de saúde, tendo por objetivo: o monitoramento dos fatores de risco, o gerenciamento de doenças crônicas, a compressão da morbidade e diminuição dos anos de vida perdidos por incapacidades. O enfrentamento da obesidade, enquanto resultado de uma complexa combinação de fatores biológicos, comportamentais, socioculturais, ambientais e econômicos, representa um grande desafio para o setor.

“Sabe-se que a obesidade é uma doença multifatorial, recidivante e muitas vezes silenciosa, e se não prevenida e cuidada corretamente, tem um impacto devastador na vida do indivíduo, bem como na economia do país. Sua prevenção e tratamento requer uma abordagem multiprofissional e transdisciplinar, envolvendo diversos setores da sociedade”, afirma a gerente de Monitoramento Assistencial da ANS, Katia Audi.

Segundo dados da pesquisa Vigitel Brasil 2016 da Saúde Suplementar, a proporção de beneficiários adultos de planos de saúde com excesso de peso vem aumentando desde 2008, quando foi realizado o primeiro levantamento, passando de 46,5% para 53,7%. O mesmo ocorre com a proporção de obesos, que aumentou de 12,5% para 17,7%. É importante ressaltar que, no Brasil, apenas 10% dos pacientes com obesidade são diagnosticados, e porcentagem inferior a 2% dos mesmos recebem tratamento para obesidade.

Confira aqui a íntegra do Manual.

Abordagem na infância e adolescência

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), quatro em cada cinco crianças obesas permanecerão obesas quando adultas. Os períodos mais críticos para o desenvolvimento da obesidade são: fase intrauterina, os primeiros dois anos de vida e a adolescência.

Os fatores de risco para desenvolvimento de obesidade na infância são: prematuridade, bebês pequenos para idade gestacional (PIG), bebês grandes para idade gestacional (GIG), filhos de mães diabéticas, pais obesos, interrupção precoce do aleitamento materno e introdução inadequada da alimentação complementar, com oferta de alimentos ricos em gorduras e açúcares e o uso de leite de vaca antes de um ano de idade.

Além dos determinantes biológicos, o Manual reforça que a forte influência do ambiente no desenvolvimento da obesidade infantil também deve ser considerada, e medidas que incidam no ambiente alimentar devem ser desenvolvidas e apoiadas. O estudo também destaca que os profissionais de saúde, em especial o pediatra, devem estar atentos aos fatores de risco e monitorar o crescimento e desenvolvimento destas crianças, orientando os pais quanto a alimentação saudável, controle do tempo de tela a que crianças e adolescentes estão submetidos e prática de atividade física.

“A obesidade é atualmente a doença pediátrica mais comum. A prevenção é a única maneira de deter o avanço desta epidemia e todos os setores da sociedade – escolas, governo, sociedades científicas, indústrias alimentícias e mídia – devem se envolver com este propósito”, lembra a diretora Karla Coelho.

Estratégias para a prevenção da obesidade infanto-juvenil:

  • Desenvolvimento de ações educativas de promoção da alimentação saudável desde o pré-natal;
  • Promoção do aleitamento materno;
  • Introdução adequada de alimentação complementar, de acordo com as recomendações técnicas;
  • Estímulo ao conhecimento sobre a importância da atividade física e práticas corporais no desenvolvimento da criança e do adolescente;
  • Promoção de atividades físicas lúdicas e recreativas;
  • Observação do comportamento sedentário;
  • Promoção adequada de horas de sono;
  • Controle do tempo de tela a que crianças e adolescentes estão submetidos (TV, tablet, celular e jogos eletrônicos);
  • Identificação dos pacientes de risco.

Abordagem em adultos

O Manual recomenda que o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) seja realizado para todos os pacientes com menos de 60 anos que procuram a rede prestadora de serviços ambulatorial e hospitalar. A captação deste dado de saúde irá permitir o direcionamento para estratégias de prevenção e tratamento precoce, reduzindo a morbimortalidade do indivíduo e custos no sistema de saúde. As condutas a serem adotadas com os pacientes após a estratificação realizada com base no cálculo do IMC podem ser resumidas em duas abordagens a serem trabalhadas: adoção de hábitos de vida saudáveis, com base na alimentação adequada, e prática de atividade física; e tratamento clínico da obesidade, podendo incluir a adoção de medicamentos e, em casos específicos, a realização de cirurgia bariátrica.

Recomendações para a adoção de hábitos de vida saudáveis: 

  • Manter uma alimentação saudável, baseada nos dez passos para uma alimentação adequada, sistematizados pelo Guia Alimentar da População Brasileira (Ministério da Saúde, 2014);
  • Fazer de alimentos in natura ou minimamente processados a base da alimentação;
  • Evitar o consumo de alimentos ultraprocessados – salsichas, linguiças, salames e presuntos, entre outros – e de alimentos preparados em frituras de imersão (batata frita, salgados);
  • Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e evitar caldos industrializados;
  • Reduzir a ingestão de açúcar, gordura saturada e sal;
  • Aumentar o consumo de frutas, verduras e legumes;
  • Aumentar a prática de atividades físicas.

Abordagem clínica da obesidade

O Manual preconiza como abordagem clínica do tratamento da obesidade a adoção de estilo de vida com hábitos saudáveis em conjunto com a adoção de medicamentos, quando necessário; e, nos casos de perda de peso insuficiente e de pouca melhoria no quadro das comorbidades, a realização do tratamento cirúrgico.

O objetivo do tratamento com medicamentos é a perda de 10% do peso corporal, o que determina melhora das complicações da obesidade, como diabetes e hipertensão arterial. Atualmente, quatro medicamentos são registrados para o tratamento da obesidade pela Agência de Vigilância Sanitária – Anvisa, e são utilizados de acordo com diretrizes clínicas específicas.

Tratamento cirúrgico

A cirurgia bariátrica é indicada para pacientes obesos que não apresentaram resposta ao tratamento clínico com medicamentos e mudanças de estilo de vida. A realização da cirurgia determina perda de peso de 20% a 35% do peso inicial após dois ou três anos do procedimento, o que está associado a melhora de complicações da obesidade, como diabetes tipo 2 e câncer, além de aumentar o tempo e a qualidade de vida dos pacientes.

A recomendação de cirurgia bariátrica na saúde suplementar deve seguir a diretriz de utilização, conforme estabelecido no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde da ANS, que prevê a cobertura obrigatória por planos de segmentação hospitalar (com ou sem obstetrícia) e por planos-referência. As diretrizes de utilização adotadas pela ANS indicam as características e as condições de saúde nas quais os ganhos e os resultados clínicos decorrentes da cirurgia são, de fato, relevantes para os pacientes, segundo a literatura científica e os conceitos de Avaliação de Tecnologias em Saúde.

O Manual detalha os critérios para a indicação da cirurgia e a recomendação de procedimentos pré e pós-operatórios, bem como as contraindicações. “Apresentamos os aspectos fundamentais na abordagem da equipe multidisciplinar de cirurgia bariátrica, como a importância do acompanhamento médico e nutricional pelo resto da vida e a implementação de mudanças de estilo de vida que incluam a prática de atividade física e dieta equilibrada. Os pacientes que serão submetidos ao procedimento devem receber informações realistas quanto às necessidades no pós-operatório, uma vez que a cirurgia não é a cura para a obesidade, mas um tratamento que ajuda no seu controle”, explica a diretora Karla Coelho.

Sobre o Grupo Multidisciplinar para Enfrentamento da Obesidade

Composto por pesquisadores, técnicos da ANS e representantes de entidades da área da saúde, o Grupo realizou diversas reuniões ao longo de 2017 no esforço conjunto de sistematizar diretrizes pautadas em estudos científicos, publicados no Brasil e no exterior, que apontem para a integração entre procedimentos de prevenção e cuidado da obesidade.

Março Lilás: Mês da Conscientização e Combate ao Câncer de Colo de Útero

Março LilásA campanha Março Lilás tem como intuito conscientizar a população sobre a prevenção e no enfretamento do câncer de colo do útero, que ocupa a quarta causa de morte de mulheres.

Entendendo seu diagnóstico Os cânceres ginecológicos podem acometer vulva, vagina, colo do útero, corpo do útero (endométrio) e ovários.

O diagnóstico é baseado na história, no exame clínico e na análise anatomopatológica. 5 Para avalição completa, é necessário a realização de exames específicos, como ginecológicos, de sangue laboratoriais, ultrassonografia abdominal e pélvica, tomografias, ressonância magnética, PET-CT, colposcopia (exame do colo do útero), histeroscopia diagnóstica e videolaparoscopia, entre outros. A necessidade de cada um desses procedimentos e exames depende totalmente do quadro clínico e do tipo de tumor.

Câncer de Colo de Útero

O câncer do colo do útero é uma doença que pode ser diagnosticada e tratada em seus estágios iniciais, além de ser evitada com uso de preservativo e, mais recentemente, com vacina. A incidência desse câncer vem caindo acentuadamente nos países ricos. Há uma decada, a Austrália começou a vacinar suas crianças e já faz planos para a erradicação da doença. A principal causa do câncer do colo do útero é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido principalmente pelo contato sexual. A incidência desse tipo de câncer é muito alta nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento e mais baixa nos países desenvolvidos, por causa do acesso regular a exames preventivos, como o Papanicolau, que detecta a doença précâncer. Nos países pobres e em desenvolvimento, porém, a procura e o acesso ao exame ainda são problemáticos, o que explica a alta incidência da doença.

O útero tem duas partes: o colo, a região mais baixa e estreita do útero, que liga à vagina, e o corpo, onde se desenvolvem os bebês. O câncer de colo do útero, também chamado câncer cervical, tem início no seu tecido de revestimento e se desenvolve lentamente, com algumas células normais que se tornam précancerosas e, mais tarde, cancerosas. Essas alterações recebem o nome de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) e tendem a se desenvolver lentamente. Em algumas mulheres, elas desaparecem sem necessidade de tratamento, mas em outras o tratamento é necessário. Há dois tipos principais de câncer do colo do útero: os carcinomas de células escamosas, que representam entre 80% e 90% dos casos, e os adenocarcinomas, de 10% a 20% do total.

Fatores de risco e prevenção

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não significa que você vai ter câncer do colo do útero. Infecção por HPV: é o mais importante fator de risco. O HPV é uma família com cerca de 140 tipos de vírus, alguns causam verrugas genitais (condiloma) e outros câncer do colo do útero, os chamados HPVs de alto risco. Os HPVs são transmitidos sexualmente e o risco de infecção é maior em quem tem início precoce da vida sexual e mantém relações sexuais sem preservativo. Atualmente, não existe cura nem tratamento diretamente contra o HPV, mas, em geral, a infecção desaparece. O exame de papanicolau detecta alterações nas células provocadas pelo HPV e, embora não haja tratamento para a infecção, o crescimento celular anormal que o vírus ocasiona pode e deve ser tratado. Embora seja o mais importante fator de risco para o câncer do colo do útero, a maioria das mulheres infectadas não desenvolve a doença. O exame, que pode detectar as lesões pré-cancerosas causadas pelo HPV, consiste na análise microscópica de células do colo do útero obtidas por meio de uma leve raspagem. Depois dos 21 anos, todas as mulheres devem fazer o papanicolau anualmente. A partir dos 30 anos, podem fazê-lo a cada três anos, junto com o teste de DNA de HPV, se negativo. Mulheres expostas ao HIV ou com problemas no sistema imunológico devem fazer o exame anualmente. Mulheres com 65 anos ou mais que tiveram três ou mais testes normais em sequência (e nenhum resultado anormal em 10 anos) podem parar de fazer. Mulheres submetidas à histerectomia total (retirada do útero e colo do útero) por outro motivo que não o câncer ou a lesão pré-cancerosa também podem parar de fazer o exame. As submetidas à histerectomia parcial devem continuar com os exames de rotina. A vacina contra HPV deve ser aplicada em meninas e meninos antes do início da vida sexual e atualmente está disponível na rede pública e privada. A recomendação é vacinar meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos em duas doses (0 e 6 meses), respeitando o intervalo mínimo de seis meses entre elas. Há ainda a recomendação para vacinação em pessoas portadoras de HIV/ Aids e indivíduos submetidos a transplantes de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos, entre 9 e 26 anos de idade, sendo que nessa população o esquema vacinal consiste na administração de três doses (0, 2 e 6 meses). Há duas vacinas no mercado: uma é eficaz contra as versões 16 e 18 do vírus, que respondem por até 70% dos casos de câncer de útero; outra eficaz contra os tipos 16 e 18 e contra as variedades 6 e 11, sendo os dois últimos responsáveis por 80% dos casos de condiloma (verrugas genitais). Infecção por HIV: o vírus da Aids diminui as defesas do organismo e reduz a capacidade dele de combater o vírus e o câncer em seus estágios iniciais. Fumo: mulheres fumantes têm duas vezes mais risco de ter câncer do colo do útero do que aquelas que não fumam.

Processo de diagnóstico

A colposcopia permite examinar o colo do útero por meio de um aparelho chamado colposcópio, que se assemelha a um par de binóculos. Ele produz uma imagem ampliada, entre 10 a 40 vezes, que possibilita que o médico identifique lesões imperceptíveis a olho nu. O diagnóstico definitivo é feito por meio de biópsia, que é a retirada de uma amostra de tecido, que vai ser analisada ao microscópio para ver se nela há células cancerosas.

Sinais e sintomas

Em seus estágios iniciais, o câncer do colo do útero geralmente não apresenta sintomas, esses só aparecem nos casos mais avançados. Contudo, eles não significam necessariamente que a mulher tem câncer. Os sintomas, como os citados abaixo, podem indicar vários outros problemas, mas revelam que é preciso consultar um médico

• Secreção, corrimento ou sangramento vaginal incomum.

• Sangramento leve, fora do período menstrual.

• Sangramento ou dor após a relação sexual ou exame ginecológico.

Exames diagnósticos

A história clínica do paciente, o exame físico e o resultado da colposcopia são utilizados para diagnósticos. Com o colposcópio é possível examinar o trato genital inferior incluindo a vulva, a vagina, o epitélio do colo do útero e a parte do canal endocervical. É indicado realizar quando o colo está anormal ao exame, quando há queixa de sangramento após as relações sexuais ou presença de alterações ao exame de citologia (papanicolau). O colposcópio é um aparelho com lentes de aumento, o que permite a colposcopista visualizar lesões não observadas a olho nu. Com a paciente em posição ginecológica, é colocado o espéculo vaginal, popularmente conhecido como bico de pato. Após a visualização do colo com o colposcópio uma primeira vez, o ácido acético é o primeiro líquido colocado sobre o colo do útero e na vagina para corar as células e permitir que o médico veja melhor onde as células anormais estão localizadas e o tamanho de todas as áreas anormais. Quando essa solução é utilizada, a paciente pode sentir uma sensação de queimação ou ardência leve. 8 O tamanho, tipo e localização de células anormais vão ajudar a determinar qual área ou áreas precisam ser biopsiadas. Essa informação vai ainda determinar quão grave é a anormalidade e também ajudar a determinar qual o tratamento. Quando monitorada e tratada precocemente, as áreas pré-cancerosas geralmente não evoluem para o câncer cervical. Anestesia não é normalmente usada antes da biópsia do colo uterino ou das paredes vaginais porque a biópsia provoca apenas um leve desconforto ou cólica para a maioria das mulheres. Mas o limiar de dor de cada pessoa pode variar. Converse com seu médico sobre isso. Após essa visualização com ácido acético, em geral, é aplicado o lugol, substância à base de iodo, com a função de corar o colo do útero e as paredes vaginais para fornecer ainda mais informações. Pessoas com alergia a iodo devem informar ao médico para que essa parte do exame não seja realizada.

Cuide-se! O câncer pode ser prevenido!